Anticoncepcional e Câncer de Mama: existe alguma relação entre os dois?

Os contraceptivos orais, mais conhecidos como anticoncepcionais, são amplamente utilizados por milhares de mulheres no mundo inteiro que ainda encontram-se na fase sexualmente ativa, embora muitas delas não tenham o conhecimento farmacológico sobre o uso de anticoncepcionais e o aparecimento de benefícios ou malefícios para a saúde.

Para obter licença de comercialização, todos os medicamentos são submetidos a múltiplos testes de eficácia e segurança. E a pílula anticoncepcional é um desses medicamentos testados. Com isso, seus componentes melhoraram nas dosagens hormonais que estão cada vez menores.

Desde que a pílula entrou no mercado, incontáveis pesquisas foram feitas e, sendo contraditórias, não há como relacionar cientificamente o vínculo entre o uso de anticoncepcional e desenvolvimento de câncer de mama. Quanto ao risco de câncer de fígado também não há estudos confiáveis que liguem os dois fatos.

O que realmente se sabe é que os riscos de algumas doenças, com o uso do anticoncepcional, diminuem.  São eles:

  • Câncer de ovário: O câncer de ovário é a primeira causa de morte de mulheres em países desenvolvidos, e a quinta em países em desenvolvimento. Geralmente, quando diagnosticado, este tipo já está avançado demais para que haja cura. O uso da pílula durante pelo menos quatro anos reduz o risco em 40%. Se o uso ocorrer por mais de 12 anos, a proteção chega a 60%. O efeito dura por 15 anos.
  • Câncer de endométrio: Pesquisas indicam que o uso da pílula pode ajudar a prevenir o câncer do endométrio (tecido que recobre a parte interna do útero). Em alguns casos, o uso prolongado da pílula oferece a proteção de até 80%.
  • Doença inflamatória pélvica: Esta é uma doença infecciosa grave, que atinge o útero, as trompas e outros órgãos pélvicos. Pode exigir cirurgia de emergência e é uma causa comum de esterilidade feminina. Pesquisas indicam que o uso da pílula ajuda a prevenir a doença.

Os textos publicados no site do Hospital viValle têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Para um diagnóstico correto procure um médico ginecologista ou oncologista e esclareça suas dúvidas.