Aplicação de Novas Tecnologias para o Diagnóstico e Acompanhamento do Câncer de Próstata

No mundo todo, o mês de novembro é dedicado à conscientização sobre a importância de manter os exames de rotina masculinos em dia. Uma doença que chama a atenção nesse período é o câncer de próstata. A preocupação é justificada: no Brasil, esse é o segundo tipo da doença que mais se manifesta em homens. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados mais de 60 mil casos por ano.

O aumento da expectativa de vida da população é um fator que contribui para o aumento dos casos da doença, mas a desinformação e o preconceito em relação ao exame de toque são aspectos que não podem ser ignorados, pois possuem impacto direto na detecção precoce da doença.

O exame de toque retal e o PSA continuam insubstituíveis na detecção do câncer de próstata. No entanto a busca por exames mais precisos que possam complementar o exame de toque é constante. Hoje é possível acompanhar a saúde da próstata através de exames de imagem de alta definição.

A URC Diagnósticos por Imagem instituiu um protocolo com padrão internacional para o rastreamento e acompanhamento de tumores e lesões na próstata: a ressonância magnética multiparamétrica da próstata. Este exame combina diferentes técnicas aplicadas pela ressonância magnética em um aparelho de alto campo e gradiente e com os softwares de pós-processamento modernos.

É feita avaliação anatômica e de caracterização tecidual da próstata com as técnicas de Difusão/Mapa ADC e T1/T2, além de outras, com o enfoque de mapeamento glandular, gordura peri-prostática, avaliação da cápsula e estadiamento local. São avaliados: bexiga, porção proximal dos ureteres, colo da vesícula e vesículas seminais. Além do estudo da vascularização glandular e a perfusão tecidual através de técnicas dinâmicas e angiográficas para melhor estratificação de possíveis nódulos.

Desta forma, essa combinação de técnicas permite um exame que proporciona resultados mais detalhados, sendo possível identificar e localizar a lesão e também estimar a sua agressividade. Além da sua utilização para a detecção das lesões na próstata, existem outras aplicações práticas:

  • Diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata;
  • Avaliação de diagnósticos diferenciais como prostatites;
  • Fornece informações para escolha entre diversas formas de tratamento;
  • Acompanhamento dos resultados de terapias focais;
  • Investigação de recidivas locais;
  • Orientação para novas biópsias em pacientes com forte suspeita de câncer, mas com resultados negativos anteriores.

Na URC, todos os exames possuem os mapas multiparamétricos coloridos e o diagrama de avaliação do PI-RADS™ (Prostate Imaging – Reporting and Data System). Mesmo com as possíveis falhas de classificação esta é descrita da seguinte forma:

  • PI-RADS 1 – Muito baixa probabilidade de tumor clinicamente significante
  • PI-RADS 2 – Baixa probabilidade de tumor clinicamente significante
  • PI-RADS 3 - Probabilidade intermediária de tumor clinicamente significante
  • PI-RADS 4 – Alta probabilidade de tumor clinicamente significante
  • PI-RADS 5 – Muito alta probabilidade de tumor clinicamente significante

O protocolo aplicado não utiliza bobina endorretal e é realizado com o paciente deitado no interior do aparelho, com uma bobina abdominal flexível, proporcionando maior conforto.