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Tratar a obesidade nem sempre é fácil, e pode trazer graves consequências ao paciente. Ao longo dos anos, médicos se debruçaram no desenvolvimento de diversas técnicas a fim de garantir ao paciente resultados positivos e qualidade de vida. Uma das alternativas utilizadas, em alguns casos, é a inserção do balão gástrico.

Feito de silicone, o balão é inserido no estômago do paciente e preenche aproximadamente 50% da cavidade gástrica, tendo como resultado a diminuição do apetite e aumento da sensação de saciedade. Por promover emagrecimento sem a necessidade do uso de medicamentos moderadores de apetite com ação no sistema nervoso, o balão é uma boa alternativa para pacientes que apresentam intolerância, contraindicações ou ausência de resposta com estes medicamentos.

O processo de colocação é rápido e menos invasivo, por não envolver cirurgia. Feito por endoscopia com o paciente sedado, o balão é inserido ainda vazio e, logo após, é inflado com  500 a 800 ml, dependendo da necessidade de cada paciente, com uma solução salina que contém contraste e corante.

O balão gástrico faz com que a perda de peso média fique entre 15 a 20% do peso inicial, porém esta é sempre variável, uma vez que depende de fatores como peso inicial, adaptação, volume de preenchimento, educação alimentar, atividade física, metabolismo, etc. Além disso o processo é reversível (diferentemente da cirurgia bariátrica, o balão pode ser retirado a qualquer momento no caso de alguma intolerância), possui baixo risco de complicações e pode ser colocado sucessivas vezes, se necessário.

Mas, atenção! Antes de proceder com a colocação do balão, é importante que o médico avalie cuidadosamente o seu estado de saúde. Exames laboratoriais, como a endoscopia e exames de sangue, irão ajudar a prever ou detectar problemas. O diagnóstico de Úlcera péptica, hérnia hiatal significativa, problemas de coagulação, esofagite grave, uso crônico de anti-inflamatórios e alcoolismo podem acarretar impedimentos na colocação do balão gástrico. Avaliações psicológicas também são importantes, afinal, como em todo tratamento, é preciso comprometimento e compreensão.

Após a cirurgia também são necessários cuidados especiais: o paciente deverá seguir uma dieta prescrita e acompanhada por um nutricionista especializado. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas nesta fase. O acompanhamento clínico e nutricional – e psicológico quando necessário - é fundamental para que o paciente aproveite ao máximo o benefício proporcionado por este método de tratamento e alcance os resultados desejados. Deve-se lembrar que a recuperação de peso pode ocorrer com qualquer modalidade de tratamento da obesidade (até mesmo nas cirurgias bariátricas) se não houver uma participação ativa do paciente neste processo.

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