Entenda o câncer de Colo do Útero
O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é também a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, já que estimativas divulgadas pelo Instituto apontam que todos os anos, o câncer de colo do útero faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos no País.
Também chamado de cervical, o câncer de colo do útero é dividido em duas principais categorias: Carcinoma de células escamosas, que representa cerca de 80% dos casos, e Adenocarcinoma, que representa cerca de 10% dos casos, mas vem demonstrando aumento crescente da incidência em mulheres mais jovens. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.
Esse tipo de câncer demora muitos anos para se desenvolver, mas as alterações das células que podem desencadeá-lo são descobertas facilmente em exames preventivos, como o Papanicolau. Por essa razão, é importante que as mulheres com vida sexual ativa realizem o exame — indolor, simples e rápido — anualmente.
Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical podem chegar a 100%. Vale lembrar que, conforme a evolução da doença, podem aparecer sintomas como sangramento vaginal, corrimento, e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais, nos casos mais avançados.
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico especialista. Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo adequado de tratamento depende de diversos fatores, como o tamanho do tumor, idade da paciente e desejo de ter filhos.
Câncer de colo do útero em jovens - Geralmente, ela se evidencia na faixa etária de 20 a 29 anos, com prevalência em jovens na faixa etária dos 25 anos.
O fato de o câncer de colo do útero atingir cada vez mais mulheres jovens diz muito a respeito do estilo de vida que essas meninas e mulheres mantêm. Para o INCA, fatores como a multiplicidade de parceiros sexuais e a iniciação sexual precoce, que aumentam o risco de infecção pelo vírus do HPV tipo oncogênico, além do tabagismo, são fatores explicativos para o aparecimento desse tipo de câncer em jovens.
Outro fato que merece atenção é o de que a maioria das pacientes é contaminada pelo HPV na primeira relação sexual, pela falta do uso de preservativo e de diálogo entre os parceiros. Segundo dados divulgados pelo site da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em 2009, cerca de 65% das mulheres ao redor do mundo são contaminadas pelo HPV na sua primeira vez. Estudos do Inca demonstram que o vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical.
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