Suplementação alimentar: produtos podem conter substâncias letais

A busca por um corpo saudável e bonito é uma tendência crescente que pode ser constatada pela intensa proliferação de academias e lojas de suplementos alimentares. O uso desse tipo de produto em conjunto com exercícios deveria proporcionar um corpo em forma em menos tempo e ainda assim com saúde.

Deveria. O problema é que grande parte desses suplementos está contaminada com substâncias ilícitas, como esteroides, que derivam de hormônios masculinos e que estão diretamente relacionados com o aumento muscular. Esses “aditivos” não constam nos rótulos das embalagens e podem causar males, e não benefícios, à saúde.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o excesso de hormônios pode causar, a longo prazo, problemas de ereção, espinhas e o aparecimento desordenado de pelos no corpo. Outro risco é o desenvolvimento de uma doença chamada acromegalia, que causa o crescimento anormal de mãos, pés, queixo e testa.

Os suplementos também podem causar doenças cardiovasculares, caso contenham estimulantes como a sibutramina, e renais, pois consumo excessivo desses produtos pode sobrecarregar a função de filtragem do sangue, bem como prejudicar metabolismo ósseo e hepático. Em alguns casos mais graves, são necessários transplantes para que o paciente se recupere.

Mesmo com o acompanhamento nutricional e do médico endocrinologista, o uso de suplementos não é seguro, pois aqueles que contêm substâncias ilegais podem apresentar um risco velado.

Veja quais são os principais suplementos disponíveis no mercado:

  • Aminoácidos ramificados (BCAA): Aminoácidos metabolizados nos músculos com efeito anabolizante, aumentando a massa muscular;
  • Creatina: Usada para aumentar a explosão muscular, pois aumenta a força, a energia e a massa muscular, além de reduzir o tempo de recuperação do tecido;
  • Glutamina: Evita a perda do tecido muscular e enfraquecimento do sistema imunológico;
  • Proteína: É usada para “construir” músculos, pois auxilia no crescimento do tecido e na sua regeneração e recuperação;
  • Substituidores de refeições: Ricos em proteínas e pobres em gordura e com quantidade moderada de carboidratos. São usados em pó ou em barras.

A recomendação é que qualquer tratamento que envolva a suplementação deve ser feita seguindo a orientação do médico que fez a indicação, e apenas realizada após avaliação criteriosa e exames laboratoriais sistemáticos.

Os textos publicados no site do Hsopital viValle têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Procure um médico clínico geral ou endocrinologista e evite correr riscos, esclarecendo suas dúvidas sobre a suplementação alimentar.