Jornal O Vale | "Corte de árvores do Bosque da Tívoli não passou por conselhos"
Ao contrário de duas autorizações para corte de árvores em São José dos Campos, a obtida pelo Grupo Marcondes Cesar não passou pelos conselhos municipais de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano.
A empresa foi autorizada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) a derrubar até 430 árvores e construir um estacionamento no Bosque da Tívoli, na Vila Betânia, região central. A autorização foi suspensa por ordem judicial.
Em 4 de setembro do ano passado, o coronel aviador Steven Meier, presidente da Comissão de Obras do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), apresentou ao CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano) de São José o projeto de adequação da rotatória em frente ao órgão federal. A obra prevê o corte de 13 árvores (6 na praça Eduardo Gomes e 7 na calçada do DCTA) e o plantio compensatório de 280 árvores.
Para derrubar 3% da quantidade de árvores que podem ser suprimidas na Vila Betânia, o DCTA apresentou o projeto a dois conselhos municipais --o Comam (Conselho Municipal do Meio Ambiente) também foi consultado.
Na ocasião, o secretário de Urbanismo e Sustentabilidade de São José, Marcelo Manara, pediu ao DCTA que fizesse o plantio compensatório "mais próximo possível da área onde essas árvores vierem a ser suprimidas, para manter o microclima da região".
O mesmo procedimento ocorreu com o Hospital Vivalle, que apresentou projeto de expansão em reunião do CMDU de 27 de setembro de 2017.
A obra previa o corte de 300 árvores, número que foi reduzido para 70. A compensação seria feita nos fundos do imóvel, na zona oeste. O projeto também precisou ser apresentado ao Comam..
Secretário alega que os projetos do DCTA e Hospital são analisados pela prefeitura
O secretário de Urbanismo e Sustentabilidade de São José, Marcelo Manara, disse que os projetos do DCTA e do Hospital Vivalle foram analisados no âmbito da prefeitura, em razão de as árvores não formarem uma mata, como é o caso do Bosque da Tívoli. Com isso, eles não foram avaliados pela Cetesb. "São árvores isoladas e toda a prefeitura vê as medidas compensatórias". "A apresentação nos conselhos é quando ocorre dentro da análise da prefeitura. São obras de interesse da cidade, como mudança viária", disse. "Quando o trâmite vai para a Cetesb, tem procedimentos próprios de análise e de medida compensatória".
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