Revista Nossa Rede | “Más notícias: quando, onde e como falar?”
Quem trabalha na área da saúde já sabe ou ouviu falar que a comunicação entre as equipes é fundamental para diminuir falhas associadas a erros na assistência. Mas a comunicação na saúde é ainda mais ampla e é essencial aprimorá-la para lidar com os familiares dos pacientes.
A necessidade de informar um diagnóstico ruim, ou até mesmo o fim da vida de um paciente, requer delicadeza. O profissional precisa estar preparado. De acordo com Paula Magalhães, coordenadora de Psicologia do Hospital viValle (SP), ao longo dos últimos anos pesquisas e guidelines vêm sendo desenvolvidos, o que tem facilitado bastante a condução desses momentos.
“Precisamos ter clareza da importância do profissional de saúde nesse contexto. A forma como um diagnóstico ou prognóstico é passado pode impactar sobremaneira na percepção do paciente e da família sobre sua doença, tratamento e na relação com a equipe assistencial”, completa a psicóloga.
No Hospital viValle, a equipe da Psicologia realiza o acompanhamento dos casos na UTI e na Oncologia, participa das discussões e das visitas multiprofissionais. “Agendamos conferências familiares para alinhamento das informações, além do atendimento individual ao paciente para trabalhar as informações passadas. Nos demais setores, a equipe nos solicita acompanhamento sempre que necessário”, informa Paula.
A unidade está em processo de implantar um setor para cuidados paliativos e de intensificar o trabalho de educação continuada.